Todos os dias vemos e ouvimos em diversos meios de comunicação (impresso, Tv, rádio,internet, etc), mais e mais reclamações a respeito do trânsito de Goiânia.A Agencia Municipal de Transito e Transportes (AMT) tem sido a recordista quando o assunto é insatisfação da população.
Entretanto, essa semana fui surpreendida (de maneira positiva), com a instalação de placas de proibido estacionar, ao longo das avenidas T-7 e T-9, além da proibição de conversão à esquerda. O objetivo é desafogar o transito para a implantação de corredores preferenciais para ônibus do transporte coletivo.
Porém, mais uma vez, fui surpreendida (dessa vez, de maneira negativa), com a população que reluta em aceitar as medidas que beneficiarão milhares de pessoas que trafegam ali todos os dias. O motivo? Eles alegam que isso atrapalharia o comércio da região. Um grupo de empresários, liderado pelo presidente da Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg), Pedro Bittar, teve a capacidade de pedir a prorrogação da decisão, por pelo menos 30 dias.
É difícil de acreditar, eu sei. Quando finalmente, o governo resolve tentar amenizar um pouco a pressão dessa verdadeira “panela urbana” que Goiânia se tornou, a população resiste.
Quando será que acabaremos com esse pensamento individualista, e passaremos a pensar na coletividade?
É dever de cada cidadão lutar pela melhoria do transporte público, pela implantação definitiva das ciclofaixas (inclusive nas principais avenidas da cidade), e abandonar esse estilo de vida de século XX que o planeta não está suportando mais.
O que percebo é que na teoria, no discurso de planeta sustentável, do ecologicamente correto, tudo é muito bonito. Mas na prática, quando é exigido algo de si mesmo, a relutância é grande.
A verdade é que o transito é apenas reflexo das atitudes da sociedade em geral. Falta consciência, falta senso de coletividade e sobra egocentrismo. Não caiu a ficha de que vivemos num país democrático, onde o que importante não é atender ao interesse particular de cada individuo, e sim, aquilo que é melhor para a maioria.
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